quinta-feira, 12 de abril de 2012

E então já não encontro mas as palavras. Os ressentimentos, as mágoas as levaram para longe dos meus lábios e pior, para longe da minha mente.
Estou no vazio, no escuro. Ando às cegas, creio às cegas, de tanto crer acabo me ferindo.
Não é culpa das outras almas, as almas cheias, isso, cheias. Estão cheias de ira, cheias de soberba, prontas para expor você a humilhação e em segundo te fazer cair em suas graças outra vez. Não as culpo pelas feridas agora abertas que não se fecham, se acreditei foi por vontade própria, ou pelo menos é o que acho.
As palavras me somem. Me somem quando as busco para falar, para entender, para explicar, para pensar. As palavras me somem. Isso me desespera, uma vez que me baseio única e exclusivamente nas minhas palavras para definir meu estado de espírito a hipócritas desinteressados que me perguntam como tenho passado nem querer ouvir a verdadeira resposta. E sem palavras o interesse deles pelo que estou passando é maior, e não, isso não é bom. As palavras que deveriam sair de mim não as encontro, mas as que não deveriam invadir minhas fortalezas, essas vem em cavalos. As ouço duras e cruéis, são sanguinárias e mesmo que atravessadas ou sussurradas podem ser notadas, e o volume em que são proferidas não alteram seu impacto. Em seu tom cético me revira o estômago de dor, dor física, e sendo a dor física ele é fato, é lei.
Não é culpa de quem fala se me incomodo tando com baixos níveis, com subordinados da mentira, da calúnia.. Talvez se eu também ferisse com meu tom, minha língua e minhas palavras eu seria mais forte ou no mínimo essas coisas inúteis não me incomodariam. Não é só a meu respeito, sei que se sente assim também, e é por isso que te escrevo. Talvez fosse melhor se eu me tornasse fútil, talvez.. e é só nisso que penso, e aí o pensamento acaba, e então já não encontro mais as palavras.



sexta-feira, 13 de maio de 2011



Me perdi. Não foi em você, não foi em mim e quem me dera se fosse nesses falsos sentimentos e palavras que os poetas insistem e afirmar que nos deixam perdidos, loucamente perdidos. Eu me perdi na dor. Sinto, nesse exato momento, as lágrimas que eu não consigo fazer rolar me sufocando, apertando minha garganta de uma maneira tão grosseira que me falta o ar. Sinto meu coração pulsar devagar, e quase ouço os desejos dele, mas eu e meu corpo já não somos mais os mesmos há tempos. Não sinto minhas mãos, meus pés, não sei mais se ouço alguma coisa ou se essa melodia é da minha cabeça. Não sei mais o que vejo, não sei se essas palavras que se materializam sós em minha frente são reais. E nada disso importa. Não tenho mais minha visão, estou completamente cega diante da realidade idiota de pessoas mesquinhas que se dizem reais, eu só enxergo as coisas que eles tentam ocultar. Não consigo mais falar, acho que nunca falei. Só repeti o que marionetes do consumismo queriam ouvir, e me dei bem assim, ou não. Não me interessa mais o que está acontecendo fora de mim. Não me interessa porque não consigo mais me concentrar, é a dor. As palavras já me saem sem sentido algum, e mesmo que eu as consiga juntar em uma frase e essa frase faça sentido para você, acredite, para mim não há coerência entre elas. A dor. Não sei de onde ela veio, quando começou ou o seu motivo. Quando percebi, ela já estava tão à vontade, que eu não conseguia mais chorar.
Será que eu sou a dor? Será que essa é minha condição até o fim dos tempos? Será que meu papel aqui é só esse ou será que eu estou aqui para sentir a dor que ninguém sente? 
Estou flutuando. Não tenho mais chão. Só a dor.
Mas se eu sou a dor, não poderia sentir outra coisa além de dor.
E eu sinto. Sinto algum tipo de sinônimo de dor, que somente para as pessoas impuras, conscientes, honestas e realistas é dor.
Para muitos é só um mar de rosas, e onde vai dar esse mar de rosas? Um dia elas secarão. Mas poucos enxergam a relação dele com a dor. Vê? As palavras não me fazem sentido. Fazem para você? 
Eu só sei que me perdi, e ainda me lembro que não foi em você ou em mim. Me resta terminar de viver. Então acorde de manhã, leia as minhas palavras e me deixe viver você.

sexta-feira, 22 de abril de 2011



Acorde, já é suicídio, amanheceu e eu não vejo você aqui.
Suicídio sim, porque acordar sem você é pior que a morte, e pode crer, eu já experimentei esse gosto. 
Mas mesmo assim, eu insisto em me levantar. 
Não sei porque, mas algo me diz que a esperança não é a última que morre, algo me diz que ela nunca morre, e é isso que faz com que eu me mate de manhã, com que eu acorde sem você amanhã.
Eu não sinto mais frio ou calor, não sei mais o que são sorrisos sinceros, só me lembro da dor, uma dor que me sufoca enquanto eu tento respirar.
Minhas lágrimas são a única prova de que ainda estou viva.
Não sei quem sou, não sei se sou algo ou alguém.
Acorde amor, e fuja, corra e se distancie de mim, se quiser sobreviver, suma. Meu vazio é grande, mas olhe, você vê o que eu vejo? Sim? Não? O vazio não é negro, o vazio é luz, uma luz que chega a cegar meus olhos, uma luz que apaga todas as lembranças que eu tinha antes de conhecer você.
Talvez faça sentido, quem eu era? Quem me tornei?
Me resumo a você, ao que você fez comigo, ao que eu queria falar para você mas não consigo.
Me chame de covarde, me chame de fraca, vamos, assim saberei que você notou algo.
Só não diga que você suportaria essa dor, esse sofrimento ironicamente iluminado, porque você não aguentaria. 
Como sei disso? Olhe para você mesmo. 
Somos humanos amor, é por isso que suportamos a dor que você nos causa, e é por isso que você tem que correr, pois toda vez que você se machuca, ao invés de se tratar, você procura se distrair com outras pessoas.
Amor, não quero ser eu sua assassina. Mesmo assim, como você é, ainda consegue ser melhor que a dor que você me causou, melhor que a solidão que me ronda e melhor que o orgulho que me impede de fazer o certo, você mostrou que seremos melhores se aceitarmos os outros como são, com perfeições e defeitos.
Queria que isso fosse só inspiração, só um filme ou conto talvez.
Mas estou encarando a dura realidade.
Vamos amor, se levante, saia logo e não olhe para mim.
Não, espere, antes de sair por esta porta, me prometa que voltará um dia, na hora certa, mas prometa que voltará,e mais uma coisa,
leve para ele todas as coisas boas que eu tenho preparado durante todo esse tempo, leve meu coração porque este já é forte o bastante para suportar qualquer perda, leve meus olhos, porque estes já viram luz demais, leve minhas mãos que tanto secaram minhas lágrimas e o peça para esperar.
Viverei melhor se souber que as coisas que não param minha dor estão impedindo o sofrimento da única pessoa com quem me importei de verdade em toda a minha vida.
Ah, e amor, se doe e faça com que as pessoas se doem também, e espalhe sua dor, divida em pequenas partes, para muitos amados, só assim essa dor se tornará insignificante o bastante para não ser sentida.
E por último.
Eu sempre amarei você.



sábado, 19 de março de 2011



É noite e chove. Por mais que o ar aqui em casa seja aconchegante e a lareira arda alegremente, o que sentimento que toma conta de mim é a frieza, solidão e essa mistura de inutilidade com saudade. Tento pensar nas coisas boas que me ocorreram durante a vida, mas todas essas poucas coisas dão em choro e lágrimas de sangue. Toda vez que começo a pensar nos raros momentos que arrancaram de mim escassos sorrisos minha memória desperta a lembrança da dor maior do que a vida que ainda sinto, porque todas as coisas consideradas alegres que eu vivi, terminaram numa coisa trágica. Minha noite me levou a você, na verdade, desde a sua partida minha vida é noite e eu ainda não consegui deixar você partir completamente, me perdoe, mas não consigo viver sem você. Queria te contar as novidades, mas não as tenho, nem tenho você para ouvir meu silêncio. Meu eu grita por socorro e meu mundo se recusa a ouvir qualquer coisa de venha de mim. A música, antes tão admirada por nós, por mim, agora se converteu em choro e ranger de dentes e a luz, não há mais luz. Minha esperança é fechar meus olhos e não abri-los mais, sei que você está por perto, tão perto que não consigo ver, então, quando finalmente minhas pálpebras se cansarem, segure minha mão e sussurre no meu ouvido que dessa vez, está tudo bem.



quinta-feira, 10 de março de 2011

Lista de Desejos Femininos

Fugindo um pouco do ar melancólico do blog, decidi postar um texto um pouco mais sorridente ou não  . Bom..leiam e é..só leiam


Eu quero um homem que...
1. Seja lindo,
2. Encantador,
3. Financeiramente estável,
4. Um bom ouvinte,
5. Divertido,
6. Em boa forma física,
7. Se vista bem,
8. Aprecie as coisas mais finas,
9. Faça muitas surpresas agradáveis,
10. Seja um amante criativo e romântico
.

Lista Revisada aos 30 AnosEu quero um homem que....
1. Seja bonitinho,
2. Abra a porta do carro
3 Tenha dinheiro suficiente para jantar fora com certa frequência
4.. Ouça mais do que fale,
5. Ria das minhas piadas,
6. Carregue as sacolas do mercado com facilidade,
7. Tenha no mínimo uma gravata,
8. Lembre de aniversários e datas especiais,
9. Procure romance pelo menos uma vez por semana.

Lista Revisada aos 40 AnosEu quero um homem que...
1. Não seja muito feio,
2. Espere eu me sentar no carro antes de começar a acelerar,
3. Tenha um emprego fixo
4. Balance a cabeça enquanto eu falo,
5. Esteja em forma ao menos para mudar a mobília de lugar,
6. Use camisetas que cubram sua barriga,
7. Não compre cidra achando que é champagne,
8. Se lembre de abaixar a tampa da privada (já tá bom, né? Esquece o
Romance...)

Lista Revisada aos 50 AnosEu quero um homem que...
1. Corte os pelos do nariz e das orelhas,
2. Não coce o saco nem cuspa em público,
3. Não sustente as irmãs, nem as filhas do primeiro casamento
4. Não balance a cabeça até dormir enquanto eu estou reclamando,
5. Não conte a mesma piada o tempo todo.

Lista Revisada aos 60 AnosEu quero um homem que...
1. Não assuste as crianças pequenas,
2.. Ronque bem baixinho quando dorme,
3. Esteja em forma suficiente para ficar de pé sozinho,
4. Use cueca e meias limpas

Lista Revisada aos 70 AnosEu quero um homem que...
1.. Respire,
2. Lembre onde deixou a dentadura


Lista Revisada aos 80 Anos
Eu quero um homem que...
1. O que é um homem, mesmo ???